terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Momento Café

Ontem o Elmano não foi nada Sadino. Deve ter ido a ouvir isto no caminho para o Estádio...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Espécies...

28th millennium BC
  • Extinction of the Neanderthal Man in its last refuge – the west of Iberia (in modern Portugal).

in Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Timeline_of_Portuguese_history_(Pre-Roman))


Extinto?! Último refúgio? Último refúgio, sem dúvida. Extinto, eu pensava que sim. O Neanderthal não morreu, fez uma operação cosmética e mudou, abreviando-o, o seu nome: agora chama-se Tuga.

Confiava que com a entrada na CEE o Tuga estaria votado à extinção, no entanto, qual gaulês com poção mágica, resiste ao invasor e, tal como o gaulês passeava por Roma, também o Tuga se permite deslocar à vontade pela Europa.

Apesar da cosmética e do disfarce, o Tuga é fácil de detectar. Ele prima pela falta de discrição, pelo contrário ele gosta mesmo é de se exibir. Depois, tem aquela característica tão própria que é o "tudo o que é de borla, interessa". Foi por isso que os rallys de Portugal estavam sempre à pinha mas as corridas no Autódromo do Algarve não esgotam (no que diz respeito a Tugas, porque os espanhóis e italianos lá vão ajudando a compor) e é por isso que o Tuga vai a todas as feiras onde possa receber brindes e colecciona toda a tralha inútil a que noutro país se chamaria meramente "lixo".

Estava então eu convencido que o Tuga estava efectivamente em extinção, quando tenho uma revelação: partilhei um vôo de Frankfurt para Lisboa com um grupo de excursionistas a regressar de uma viagem organizada a Istambul, grupo esse que incluía vários espécimes Tugas.

Começou logo pela entrada no avião, que da civilizada, calma e eficaz entrada que é apanágio da Lufthansa, foi transformada numa algazarra brutal e no atropelo de quem quer entrar primeiro (esquecendo-se que os lugares estão marcados e que é mais rápido dar prioridade na entrada no avião aos passageiros das últimas filas). Continuou com a incompatibilização com as cadeiras do avião, que levou a que muitos desses tugas se mantivessem de pé nos seus lugares, quiçá para exibir as suas t-shirts-souvenirs com letras garrafais revelando o destino visitado.

A seguir entrou a afinidade do Tuga com os produtos grátis, que historicamente os leva a pedir almofadas e cobertores porque são grátis - apesar de estar um calor que me fez suspirar ter optado por uns calções ao invés das calças de ganga que levava vestidas. Escusado será dizer que ao fim de 2 pedidos o assistente de bordo agarrou em todos os cobertores e almofadas que tinha no avião e os distribuiu, com um sorriso nos lábios, pelos braços esticados dos Tugas-passageiros. Fez-me lembrar os tempos de miúdo em que procurava por auto-colantes, entre dezenas de outros miúdos de braços estendidos, nas chegadas da Volta a Portugal.

Com o início de vôo, entrou em acção uma sub-espécie rara de Tuga, o que é perito em tudo. Neste caso o perito em aviação, apesar de provavelmente ter entrado pela primeira vez num avião. O que é maravilhoso para a preservação desta espécie é que tinha já um rebento em fase adolescente a seguir com visível ternura e orgulho o exemplo paternal. Tive então direito a várias revelações sobre a indústria da aviação, através dos fantásticos comentários do Tuga:

  - sobre o facto de haver um vôo Frankfurt - Porto a descolar cerca de 15 minutos depois do vôo Frankfurt - Lisboa: "como fazemos um trajecto em que entramos mais a norte, e assim o Porto fica mais perto, é por que eles saiem 15 minutos depois" (é pena ele não ir para os Açores, se não já tinha saído 2 horas antes)

  - usando o GPS que tem na cabeça, cerca de 1 hora antes da aterragem: "já estamos em solo nacional" (ainda bem que só chegámos ao solo já no Aeroporto da Portela)

  - sobre as aterragens no Aeroporto da Portela: "vamos chegar de Norte, por isso vamos aterrar de Norte para Sul" (olhe que não! Olhe que não!)

Mas que grande sorte que tive em partilhar o vôo com estes espécimes raros! Fiquei realmente maravilhado com tanto conhecimento que me foi transmitido e com a oportunidade que me foi dada de observar uma cultura tão secular.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Expulsões

Com toda a controvérsia que anda no ar acerca da (não-)expulsão do Luisão no último derby, aprendi de tudo que se disse que ficar a jogar com 1 a menos não tem qualquer influência no decorrer do jogo. Pelo menos pelos vistos não teve em Alvalade (para a Taça de Liga) e não teria agora na Luz (para o campeonato).

Só me apetece perguntar aos benfiquista porque não começam o resto dos jogos do campeonato com 10 jogadores? Sai mais barato (menos prémios de jogo a pagar) e afinal não faz diferença.